Em 2016, os feriados nacionais deverão provocar um impacto negativo de R$ 13,8 bilhões no varejo brasileiro, de acordo com estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Apesar do número expressivo, o impacto previsto deve ser 7% menor – R$ 1 bilhão a menos na comparação com o ano anterior.
O número de dias de feriados tanto em 2015 como em 2016 é o mesmo. Serão 13 dias em que o varejo não abrirá ou abrirá parcialmente. No entanto, o que pode explicar essa redução das perdas é a trajetória de queda nas vendas do varejo prevista para este ano.
Entre as atividades analisadas, o setor mais impactado durante o ano será o de outras atividades, que responderá por cerca de 40% das perdas do comércio varejista com os feriados, e que corresponde ao comércio de combustíveis, além de joias e relógios, artigos de papelaria, entre outros. Destacam-se também os segmentos de supermercados (28%) e farmácias e perfumarias (14%).
Para especialistas, dois aspectos norteiam a questão dos feriados, que estão no calendário há décadas e merecem ser discutidos: a criação de novos feriados ao longo dos anos e a elevação de custos para as empresas que optam por abrir nesses dias.
Para as entidades que representam os lojistas, a criação de novas datas é maléfica a todas as atividades econômicas, assim como o pagamento de encargos trabalhistas pelos estabelecimentos que optam pela abertura nos feriados. Também faz-se necessária a modernização das leis trabalhistas, já que o modelo atual prejudica tanto o empresário (com o aumento dos custos) quanto o empregado (que perde rendimentos ao deixar de obter as comissões sobre as vendas).