O mercado de trabalho formal do varejo da região metropolitana de São Paulo (RMSP) se manteve, em maio, relativamente no mesmo nível de abril, com a extinção de somente 216 vagas, totalizando 1.007.160 empregados – queda de 0,02%. Comparado com o total de trabalhadores formais de maio do ano passado (997.568), o resultado foi 0,96% maior. Os números são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O leve recuo em maio deste ano sobre o mês anterior aconteceu por causa da contratação de 48.607 profissionais e da dispensa de 48.823 empregados. Dois dos dez segmentos avaliados pelo estudo, no comparativo mensal, apresentaram aumento de mão de obra registrada: o de supermercados (523) e o de farmácias e perfumarias (399). Todos os demais fecharam vagas, mas em diferentes patamares. As atividades que menos contribuíram para o resultado geral foram as de autopeças e acessórios (-14), de materiais de construção (-25), de lojas de departamentos (-27) e de móveis e decoração (-54). Três segmentos puxaram bastante o indicador para baixo: os setores de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-111), de concessionárias de veículos (-358) e de vestuário, tecidos e calçados (-508). Já outras atividades de comércio varejista, com destaque para os postos de combustíveis, cortaram 41 postos de trabalho formal.
De acordo com os economistas da FecomercioSP, por mais que o total de trabalhadores formais esteja acima do verificado em 2013, de janeiro até maio a taxa média de crescimento anual tem permanecido em 0,9%, contra 1,7% dos primeiros cinco meses do ano passado. Esse comportamento pode ser justificado pela perda de confiança por parte dos agentes econômicos, potencializada pela persistente pressão inflacionária e também pela estagnação da economia brasileira.