As vendas do comércio varejista cresceram 0,7% em novembro em relação a outubro, quando o resultado havia apontado um avanço de apenas 0,3%.
O dado, divulgado nesta quinta-feira (15) pelo IBGE, supera a previsão do mercado para o mês, de 0,4%.
Na comparação com novembro de 2012, o setor, que nos últimos meses tem apresentado uma perda de dinamismo, registrou alta de 7%, superior aos 5,3% de outubro.
Com isso, o acumulado de 2013 até novembro apresenta uma expansão de 4,3%. Em 12 meses encerrados em novembro, houve avanço de 4,4%.
O comércio passa por um momento de desaceleração com o fim do IPI para eletrodomésticos, o crédito mais escasso e o crescimento mais tímido na renda dos trabalhadores.
A tendência ficou mais evidente no final do ano. As vendas de Natal, a melhor data para o comércio, avançaram no ritmo mais fraco em 11 anos, segundo dados preliminares de dezembro.
O resultado oficial de 2013 será divulgado em fevereiro pelo IBGE e deve confirmar a previsão dos analistas de que o comércio tenha o ano mais fraco em pelo menos dez anos.
SETORES
O resultado de outubro para novembro foi impulsionado especialmente pelo bom desempenho das vendas de supermercados e demais lojas de alimentos e bebidas, que cresceram 1,1%.
A atividade é a de maior peso no varejo e se beneficiou já do movimento de fim de ano e do pagamento da primeira parcela do décimo terceiro.
Após dois meses de fraco desempenho, as vendas de móveis e eletrodomésticos reagiram e avançaram 1,5% de outubro para novembro, apesar da retirada do desconto do IPI.
Outros ramos com resultados expressivos foram os de artigos farmacêuticos (1,6%), combustíveis (1,1%), além de vestuário e calçados (1,5%).
O grupo de equipamentos de informática e comunicação registrou foi o único a ter queda -de 2,1%.